sábado, 17 de abril de 2010

All tomorrow's posts


Time to go. Foi muito bom ter um canto para alguns exercícios práticos e nada práticos de escrita, ainda que de parca frequência, e fazer dessa caixinha de badulaques o lugar para onde sempre vou poder olhar para lembrar de vários momentos, memoráveis ou pra se esquecer, de coisas registradas e deixadas por dizer nessa estrada longa e cheia de altos e baixos - e muitas paisagens insólitas e curiosas. O estado insone (ou simplesmente de inércia mental de uma cabeça que trabalha mais horas que o recomendável e nem sempre consegue parar quando se quer ou se precisa) que deu ideia a esse espaço afinal já não serve mais de motto, inspiração ou identidade para muito dos escritos esparsos que jogo aqui. Eu, eles e este blog ficamos alienados uns dos outros, no sentido marxista da coisa. Em outras palavras: bateu uma vontade de mudar de ares e de lugar, ainda que nessa vasta terra de ninguém do mundo virtual, porque não mais me reconheço totalmente nesse espaço. É o estilo de escrita sem sentido ou repetitivo? São os sucessivos ataques de falta de inspiração? Os recentes spams que me obrigaram a moderar comentários? Falta de assunto ou de tempo decente pra escrever? Não sei ao certo. Só sei que percebi que não existe ócio criativo sem ócio nem criatividade. Acho que me falta recuperar uma boa dose deles, juntar duas medidas de uma e uma medida do outro, e colocar as mãos à obra de novo.

É certo que não vou conseguir ou querer parar de escrever. Em momento algum. A prática dá o tom, lima e aprimora habilidades, aguça o olhar e serve de alimento à reflexão. Por enquanto, parte dela vai ficar contida aqui até que outro espaço, mais intimista e mais pessoal, surja. É só uma questão de tempo. E fica a fala do dia, do mês e do ano, até que outra surja no lugar dessa.

Au revoir.

Contextualizando

Hm. De novo, aquele clichê que não quer calar e nem se importa de sair em horas inoportunas: "estado de insônia mais uma vez". Prenúncio de mais um ensaiozinho inútil - mas não completamente sem porquê, ao menos por ora.

O porquê propriamente dito fica por conta dessa letra aí de cima, que se encaixa não menos que perfeitamente bem à minha cotidianidade fora do contexto. E faz pensar numas coisas esparsas que não faz muito bem jogar fora sem analisar um pouco primeiro. Alguns desses pequenos bits merecem até ser ruminados e regurgitados com calma, para que então possam ser - lenta e finalmente - digeridos. Melhor ainda se são frutos da criatividade, "mesmo" que alheia, e servem como aqueles post-its fluorescentes que se espalha pela mesa de trabalho e pela tela do computador. E no caso se tratam de post-its da conturbada vida cotidiana, com tantos sentimentos e palavras importantes e inadiáveis esquecidas em alguma gaveta da memória. Um desses tais bits tem inexoravelmente a ver com as "so many words I can't afford to give away". Ele atende por "Why not giving them away?" e fomos há pouquíssimo apresentados. Tem uma presença imponente que provoca timidez, mas se entrosa fácil sempre que lhe dão espaço e oportunidade. A impressão que eu tenho é a de que a curiosidade foi mútua. Vou saber quando estiver alive in between the lines.