terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Nas esferas da vida

Depois do meu não-carnaval que não poderia ter sido melhor curtido e alguns encontros com amigos velhos e novos, chegou a hora de dizer see you later pra alguns deles. João, Kasia, Mari, Priscila, Diogo e mais uma galera que nem sempre tem tempo ou saco pra fazer despedidas e outras pieguices do tipo. Mas não é pieguice de que se trata quando se está a alguns quilômetros de casa. Mas enfim. Bom saber que pelo menos "tá-se bem" e que ainda vão haver algumas cervejinhas (ou favaítos, quem sabe?) a mais por aí com eles qualquer dia.
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Depois disso, vale lembrar que agora estamos todos de volta ao batente e que as aulas já começaram no mesmo ritmo famigerado com que os acontecimentos se deram nessas pseudoférias, vistas pela janelinha de tela plana que a gente tem na parede da sala aqui. É galera... porque enchente em Portugal, independência do Kosovo, entrevista com o sr. Primeiro Ministro e renúncia do Fidel Castro não acontecem todo dia, né não?
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Mas, deixando isso um pouco pelo menos por agora, enfim esse semestre vou fazer aquela disciplina que já desde que vim esperava fazer, e finalmente sinto que agora as coisas vão sair. O que eu tinha que ter feito no semestre passado e não rolou, as críticas que eu prometi e não mandei (!), enfim, agora desagarra. A previsão que tenho é de que vai fazer sol sobre a minha cabeça e que todos os parafusinhos nela vão voltar a funcionar como deve ser. Aliás, como nunca deveriam ter parado... enfim, o negócio é que pelo menos agora dá pra ver o horizonte não muito mais à frente do que realmente está. E isso é muito bom.
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E falando em horizonte, acho que o meu é esférico (o Tiago ia adorar isso! hahaha). Aliás, todas as coisas que vejo no meu futuro têm essa forma... Tá bom, culpa das aulas de Cosmologia que não consigo parar de fazer, e dos videozinhos do Carl Sagan que não consigo parar de ver. Dá pra fazer uma filosofia de botequim do caralho com esse negócio... quer ver? :-)
Vamos falar das esferas então. Na verdade, acho que meio que tudo na vida de um sujeito é uma esfera. Se os sonhos pudessem ter uma forma, seriam uma esfera. Se os desejos também tivessem, seriam uma... Enfim, a esfera é o sólido mais paradoxal que a natureza conhece. Não tem principio nem fim, mas ainda assim tem limites. Ela é finita e ilimitada, e, como disse o meu simpaticíssimo professor Levi (sabe aqueles velhinhos que te dão vontade de ser criança de novo, sentar no colo e pedir, "vovô, me conta uma história?"), ela tem em si "paradoxos e sugestões de infinito". As mesmas três dimensões, mas sem ângulos, início, fim, lados ou coisas assim.
Será que a minha vida é uma esfera?

2 comentários:

Dominique Lee disse...

Essa foi a melhor filosofia de botequim que eu já ouvi! Vou até propor o assunto na próxima rodada... :)

Anônimo disse...

Esferas, né. A-hã.